Pronúncia do norte

GNR

Há um prenúncio de morte
Lá do fundo de onde eu venho
Os antigos chamam-lhe renhoNovos ricos são má sorte

É a pronúncia do norte
Os tontos chamam-lhe torpe

Hemisfério fraco, outro forte
Meio-dia não sejas triste
A bússula não sei se existe
E o plano talvez aborte

Nem guerra em bairro ou corte
É a pronúncia do norte
É um prenúncio de morte
Corre um rio para o mar

Não tenho barqueiro nem hei de remar
Procuro caminhos novos para andar
Tolheste os ramos onde pousavam
Da geada as pérolas, as fontes secaram

Corre um rio para o mar
E há um prenúncio de morte

E as teias que vidram nas janelas
Esperam um barco parecido com elas
Não tenho barqueiro nem hei de remar
Procuro caminhos novos para andar

E é a pronúncia do norte
Corre um rio para o mar

E as teias que vibram nas janelas
Esperam um barco parecido com elas
Não tenho barqueiro nem hei de remar
Procuro caminhos novos para andar

É a pronúncia do norte
Corre um rio para o mar