Tony, Um Homem Sem Sorte

Ukurralle

Eu era o boss daquela aldeia

Toda a gente gostava de mim

Eu até que gostava daquilo,

mas isto já não pode ser assim

Um dia tive que sair de lá,

Agarrando a mobília à mão

Com o povo atrás de mim

Gritando: “anda cá cabrão !”



Tentando escapar vivo

O meu corpo com pedras comia

Tudo isto porque

Não paguei a conta da mercearia



Nisto, fui agarrado,

E dei um grande espalho

Um homem diz para mim:

“Também não pagaste a conta do talho !”



Sim, sim, era a pura verdade

Mas eu não fazia a mínima ideia

Espancando-me o povo gritava:

“Tu deves dinheiro a toda a aldeia !”



Tive que pagar com o meu corpinho

Fiquei aberto num instante

A minha vida não é isto

Vou para caixeiro-viajante.