Aham, aham, aham, aham
Eles me vêem como um traficanteA cada verso lançado a fila de viciados se expande
A cada track a gente aposta a vida
Não tem plano B, ou seja, não tem saída
E os cria se identifica
Porque aqui é tudo ou nada
Tipo tirar o pino da granada
E tchau, colete à prova de bala
Revolução demais pra tu entender
Tipo, inimigo ateu pede pelo amor de Deus quando me vê
O líder só um líder se te explica o jogo
Não é proteger as ovelhas, é ensinar a matar o lobo
Pra que o mal ou fim mortal não me alcancе de novo
Por isso rimamos do topo
Sabedoria das esquinas, o prеferido das minas
Não desperdiço linha, tipo viciado em cocaína
′Tamo caçando tesouro e eles cavando a própria cova (o quê?)
Viver pra eternidade é viver o agora
E fazendo chover dinheiro sem ligar pra lama
Chegando em primeiro só pra orgulhar quem me ama
Atropelando, o trem nunca freou
Sempre agradecendo ao rap, tipo um pai que me criou
Tinha duas opções
Me tornar um rei ou sumir, adivinha qual eu escolhi
Eu plantei, eu colhi
Hoje vendendo remédio pra dor
Mãe, pode se orgulhar, o seu filho virou doutor
Escuta aí, é o boombap, isso daqui não é a Ri Happy
Pode rir, rindo com o mesmo cheque que deixou a Riri bad
Eu quase me perdi, fui parar na Ri Happy
Viciadin' em herb, um verso, um verbo
Rappers se misturam com políticos
Pseudo-abolicionistas, fascistas sem reggae
Perguntam pra polícia, o capitão me segue
Cê não fala disso, mas eu falo porque te ferro
E juram que eu tô nisso pela fama
Cê trocaria o quê pra ter mais grana?
Eu digo que eu tô vivo pela onda
O mal volta pra sombra
Meu poema é só pra quem me ama
Canela na costela do hater na cena fake
Cê vai quebrar seus dente de leite
Cê quer o quê nessa cena fake?
Eles me pedem várias chances
Não dá pra queimar meu filme
Eu só precisei de um take, eu sou punk
Isso ainda é uma batalha de sangue
Eu fui o primeiro de uma onda gigante
Eu tenho sorte, mas fui forte o bastante
Fechei com os meus, ignorei o restante
E da sobra eu tô com medo
Medo de tá bêbado
Medo de ter medo de ter medo
Em meio ao medo, sinto erros que eu evitaria
Sem medos em eu mesmo eu fui mais longe
Ganhei mais uns anos de vida
Ou seja, eu não perco tempo
Num país que mata preto e pobre por minuto
Pra que eu não tenha mais que acordar cedo segunda
Hã, eu fiz valer cada segundo
Ontem disseram: tu é o cara, mas não sei ser o cara
Imagina o karma, fui criado pra servir os cara
Sei que jogador nunca olha pra foto
Mas pra resolver problema nós olha na cara
Então, desde 2017, sou top um
Cês aqui nessa lista é utópico
Rimas fracas, parecem só um cópia e cola
Não entendo nem com closed-caption
Djonga é seu pesadelo, linha por linha
Esses cara é vergonha da profission
Me fazem dar risada
Tá tipo Cavalcante o seu Tom
É que seu plano eu melo, e não é Selton
Foi papai do céu que deu o seu dom
Então, parceiro, desce desse salto
Bebe Cereser e arrota Chandon
Sei que tu quer agradar seu fandom
Mas nós quer liberdade, quer freedom
E a intensão aqui não é causar um frisson
Não é sinal de pare, é um de atenção
Eu sou a nova variante do vírus
Que eles quiseram extinguir da Terra
Mas sempre que uma bala pega
Nós volta mais forte, ou seja
Até quando cês acerta cês erra
E eu tenho sido pai de filhos que eu nunca vi
Posso ser alimento pra aqueles que sentem fome
Só não atravessa o caminho dos irmãozin′ daqui
Senão vou ser aquele frio no seu abdômen
Eles sabem com quando reais se faz um hit
E eu só preciso de um mano real pra fazer um rap
Aqueles que olhavam de cima e falavam: aff
Hoje me olham lá de baixo e me chamam de ref
De Hendrix eu sou riff, dos comédia eu sofro hate
Quase entrei na bad trip, mas fiz grana tipo Eike
Elevei minha autoestima a altura do Shaq
Tive o carro preferido dos sheik
Então pense num mundo analógico, éramos tão próximos
E algo me dizia: sai daí ou tu é o próximo
Quero ficar rico, um futuro ilógico
E algo me dizia: sai daí, se tu dar mole, é pum
Várias barca preta cercando minha casa
Pergunta pra Clarinha, eu só não tava lá
Levantei a cabeça, disse: mãe, vou fazer rap
Nada me para, final do jogo deu a lógica