DESCOBRIDOR

Lagum , Emicida

Estou pra ti como um descobridor ao ver a costa
Como o vento numa vela sem resposta
Se perco o tempo apostando na jornadaOu se me perco passeando em suas costas

Deixa ser, vamo lá
Sem bússola ou mapa, continua a navegar
Deixa ir, tudo bem
Não teria graça se soubesse onde ia dar

Lá-raiá-laiá, lá-raiá-laiá
Lá-raiá-laiá, lá-raiá-laiá

Não sei mais
Eu paro e vejo quanta coisa eu deixei pra trás
Faz falta, mas eu quase não me lembro

Quem me dera
Dormir e acordar sem preocupar com o que passou
Quem me dera
Se o tempo fosse o único inimigo de nós dois

Quem me dera
Se o que tem pra hoje fosse deixado pra depois
Quem me dera, ah-ah

Lá-raiá-laiá, lá-raiá-laiá
Lá-raiá-laiá, lá-raiá-laiá

Sempre me perco tentando ver
Memórias de onde eu nunca fui
E será que era só pra ser
Assim? (Oh, ei, oh)

Eu vejo o vento soprando a vela
Aprendo com o tempo às vezes a bússola é o meu sentimento
E beijo a vida com a gana dos favela
No afã de uma aquarela, me virando como um cata-vento

Eu tava quase morto, mas um porto cais
Foi ela que me acalma, tipo florais
Eu brigo pra manter essa paz
Dormir e acordar sem preocupar com o que passou

Quem me dera
Se o tempo fosse o único inimigo de nós dois
Quem me dera
Se o que tem pra hoje fosse deixado pra depois

E quem me dera, ah-ah

Lá-raiá-laiá, lá-raiá-laiá
Lá-raiá-laiá, lá-raiá-laiá

Lá-raiá-laiá (quem me dera), lá-raiá-laiá (quem me dera)
Lá-raiá-laiá (quem me dera), lá-raiá-laiá-ah-iá