Tantos motivos pra parar
Tantos motivos pra dizer que não
Faz diferença estar bem
Entre o corpo esquálido
E o cálice vazio
Entre os lábios rachados
entre as cinzas do que
Restou pra ti frente a teus medos
Do que contarás para teus filhos
Entre o espaço dos dias, que nunca se vão
E o olhar deprimido frente a televisão
Trair tudo o que sentes se repete
Quão mais tente dizer saber que não há
Tantos motivos pra parar e
Tantos motivos pra dizer que não.
Faz diferença estar bem.
Por que me acordou?
Por que me quer bem?
Feche a porta do meu quarto.
Não me importa ser exato.
No que desejei.
Narciso se olhou dentro dos olhos.
Como se estivesse fora do seu corpo.
Nunca se sentiu tão doente.
(Estamos fora do ar temporariamente.
Pois nossos transmissores estão em manutenção.)
Serei eu esse anjo caído no chão?
Já não se parece mais comigo...
Já não se parece mais domingo...
Mãe, mãe, mãe, mãe.
Diz que não foi nada eu fui.
Tão, tão, tão, tão.
Cego voando rumo a luz.
Mãe, mãe, mãe, mãe.
Perdi minhas asas no fogo.
Não, não, não.
Meus braços sangram.